Ela se inclinou, pegou o copo da mesa, bebeu um gole da bebida quase ácida e tragou do ar fresco da noite de pós-chuva. Era seu modo de acalmar o coração. Estava tensa, seus gestos não negavam. Queria -na verdade- liberar tudo aquilo que estava dentro de si. Vida lenta, decisões demoradas, amores não realizados. Apagando o trajeto do passado: não sobrava quase nada. Mas ainda havia uma saída. Fechou a janela com estrondo de madeira molhada e foi dormir.
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