Era amor o nome que davam. Para ele tanto fazia. Qual a diferença? Palavras apenas. O crucial e importante era o que sentia, o que o fazia viver. Do resto só queria o superficial, o máximo para poder acordar de manhã, se vestir e riscar a rua com seus trapos listrados. E tinha ainda as canções, as músicas, esse maluco ouvir de vozes conjuntas e instrumentos compassados que davam um ar de beleza rara, de olhos cor de água mansa. Ah, e o mundo inteiro parecia comemorar com ele a doçura nada plana dos lábios e o suor doentio dos lençóis amassados. De tudo isso tirava um só título: felicidade, aquilo que só existe quando compartilhado.
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