30 de set. de 2007
Três
Para Ana e Maria.
E foi assim: éramos três e adorávamos bruxos e contos de fada. Cada qual com sua varinha dedilhávamos palavras tolas pelas calçadas e depois ríamos. Viver, assim simples. Tardes quentes de sol, filmes por horas escolhidos, discussões bobas que murchavam como pó. Um tempo que foi pouco. O mesmo tempo que fez muito. Cruzou nossas vidas com linhas nada paralelas e fez surgir aquilo que mais temíamos: uma amizade. Porque sim, éramos três. As três mais sozinhas que conhecíamos. E então alguém decidiu: adeus. Restou apenas uma. E nas noites úmidas, enrolada em uma bola de pêlo branca, ela olhava para o céu e sorria: ainda e para sempre seríamos três.
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