16 de nov. de 2007
Carinho.
E lá vai. Marx, Machado, surrealismo atrelado com as idéias mais reais. Capitalismo "reticente", comunismo (pouco) disforme, discussões nada eficientes, metáforas mal acabadas. E as risadas em coro, e as idéias cruéis, e as idéias praticadas. O que saiu do papel. Sorrisos tropicais, uma Carmem flamejante, o iêiêiê dos Beatles. Fazer como se acredita, cantar com vontade, dançar pelo salão. E sorrir. Abraçar pouco, erguer a mão, pedir silêncio, reprimir a falta de educação. As causas defendidas, o microfone barrado, os pensamentos banidos. As revistas passadas, os livros indicados, as profissões futuras pouco definidas. O vôlei dos mais altos, os pulos de bailarina, os dedos apontados. Nas tardes grupos de estudos, matemáticas nada exatas, biblioteca barulhenta, no museu objetos quebrados. Companheiros de manhãs. Crianças desajeitadas num mundo todo desigual. A que primeiro sorriu e me abraçou, o que quase alcança o céu e se faz tão perto tão sempre, a que emudece fácil mas fala o suficiente para melhor surgir, o que aventuras pensa viver e um anel encontrar, a que tanto melhorou e agora tão importante se fez tornar, o do sorriso contagiante e das palavras tímidas, o, a, os, as. Eles. Eu. Um dia nós. O fim que já chega, a ausência que se sente e cresce e se torna suportável. O adeus que fingimos ignorar.
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