E eles me olhavam como se meu problema fosse maior do que não saber falar em público ou a minha garganta fechada toda vez que eu precisava cumprimentar alguém totalmente desconhecido. Seus olhos penetravam nos meus, eu virava a cabeça mas continuava a senti-los. Incessantes. Era a minha sina por ser tão distante. E quando eu tentava me aproximar, com piadas infames e gestos descontidos, era fracasso. Era sempre fracasso. E quando eu bebia não apenas pra me sentir melhor, mas pra me sentir melhor perto dos outros: era mais um fracasso. Minhas palavras nunca foram levadas à sério. Nem por você. Miseravelmente por mim. Menos ainda pelos outros. E sempre doeu.
gostoso por inteiro, sangrando em pedaços.
Um comentário:
A dor define a existência. Nos mantém. Nos move.
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