8 de jan. de 2011

uma carta.

estraguei você. nas noites de vinho, nas madrugadas gritadas, nas tardes inúteis de final de semana, na minha vontade sempre tão gigante pra tudo e qualquer coisa. estraguei você e foi sem querer, mas foi sabendo do risco. foi sabendo que na minha miudez de sugar o que podia, sem parar um instante, eu podia te ferir. e feri. eu podia acabar com os teus projetos, com os teus amigos, com as tuas noites de sexta, com a tua delicadeza ímpar. e acabei. eu sou destrutiva e isso não vai mudar. eu amo você e isso também não vai mudar. mas o brilho imenso de todos os dias passados, isso nunca, nunca, vai voltar. e assim eu espero por coisas novas. com você.




e chove.

Um comentário:

Verme disse...

Da putrefação de um cadáver brotamos aos montes. Mas nem uma única gota de vida é desperdiçada. Todos cumprimos um papel.