11 de nov. de 2007
Lamento que,
tu foste e te esqueci. Passaram-se temporadas distintas, sensações esporádicas, mistérios ocultos, pessoas de sorrisos contagiantes. Como de sobressalto, ao entender que o passado cria o futuro, me fiz vítima de uma falta doída de presença tua. Te procurei nas flores, nas núvens, nas imagens rápidas de caminhantes noturnos, mas teu rosto não vinha, tua imagem fora esquecida de forma fatal. O que se fazia possível era aquele andar tonto de alma perdida, de forasteiro em cidade grande. Era como se eu tivesse perdido um dente num sábado à noite, sem dentista para acudir. Restou criar um mundo novo, no qual habitei e depois me despedi. Se não vejo, não sinto e não compreendo é porque nada mais resta. Nem tu, nem eu, nem nosso passado.
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