27 de jan. de 2008

Romper.

Para se construir é preciso, primeiro, se destruir. É preciso que se quebre os antigos alicerces, esses mesmos típicos do pensamento burguês, esses que se fazem base do sistema nada igualitário ao qual nos acostumamos. É preciso, cair, penetrar fundo nos próprios medos, nos próprios cortes, arrancar farpas preconceituosas deixadas pelos nossos antepassados. Porque é encarando o passado e conversando com a solidão do eu-sozinho que se encontra o desconhecido e fantástico. Para que o mágico dê as caras é preciso um esforço imenso: perceber os detalhes do natural. A vida vale o que cada um faz dela. "Eu sou antes, eu sou sempre, eu sou nunca. E o que me espera é exatamente o inesperado. O que saberás de mim é a sombra da flecha que se fincou no alvo. Pois há segredos que eu não conto nem a mim mesma. O silêncio que trago em mim, é a resposta ao meu mistério." (Clarice Lispector)

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