4 de abr. de 2008

Carta a um dragão.

Sei lá o que é só sei que sinto, e sinto intensamente, sinto com uma força enorme, e sinto muito por sentir isso. É que você sabe, eu não sou você, meus desejos são diferentes (talvez), a minha genialidade não é tão genial, não é. E me deixa tão triste saber que foi acontecendo e acontecendo e se sucedendo e nenhum de nós se mostrou disposto a parar, a deter enquanto ainda era tempo. Tempo de primavera. Tempo de Morangos -e é claro, como eu poderia não lembrar disso, não é?, você deve estar pensando, porque você sabe o que sinto, você sabe de mim, você me sabe. E sabe o que eu quero, o que sou eu quem quer? Quero lhe descobrir de novo. Me deixa lhe descobrir de novo. Me deixa recordar o gosto, o cheiro, a sensação, a imagem, que eu acostumei a ignorar.

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