22 de abr. de 2009
Em partes.
Meia tarde, meia sombra de sol, meio silêncio, meias verdades, no fim: um meio nada. Foi só quando o relógio da igreja bateu compassado as susas três horas que ela despertou daqueel devaneio de imaginar coisas impossíevis e lembrou que a vida continua lá fora. Radiante, inquita e, mesmo assim, dolorosa. Mas continua. Fez um esforço contido em direção do querer levatanr e viver -lembrando nesses segundos de como era gostosa a sensação de pisar na grama verde e fria enquanto a bola de pôelos branca miava doce caminhando pomposa em sua direção- mas a textura do sofá era aconchegante e deixava claro que ficar ali mais um pouquinho (ou mais um milênio) tinha também suas vantagens. Se esconder do mundo era, sem dúvida, a maior delas. Então, num gesto repentino de milésimos, soltou todo o corpo mole e resolveu que se era pra sofrer seria deitata ali, numa meia tarde, coberta de meia sombra de sol, guardada por um meio silêncio, pensando em meias verdades, concluindo que era mesmo um nada.
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